sábado, 20 de agosto de 2011

Mais um sobre perdão

E nas rimas da natureza, vejo as metáforas divinas. Palavras sussuradas pelo vento, cantam em meus ouvidos grandezas impronunciáveis. E o maior deles é o Amor. Mais profundas que o mais estático olhar são as belezas que ainda não encontrei. Meu coração está gelidamente acelerado, e meu espírito queima parado. Quero, espero, tento, erro, são verbos que estão fatalmente intrínsecos ao meu ego, e apenas fora deste tecido poderei vislumbrar vocabulário maior. Minha justiça afasta minha gratuita alegria, e meu julgo é ingrato. Estou fadado a um ponto-final obscuro, mas o Amor me alcançou e me amor, e me algemou, e me acorrentou, e me escravizou, e me subjulgou, e me aprisionou perpetuamente, e a liberdade está nisso: em poder finalmente ser o que fui criado para ser.

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