domingo, 9 de outubro de 2011

Um sobre a chuva

Por alegria ou por tristeza, a chuva é um choro incontido daquela que passa despercebida todos os dias. Um fascinante poema que se lê com o coração. São versos espalhados ao vento, formando estrofes em forma de espelhos pela calçada. Há quem reclame, há quem não goste de molhar o tênis, assim como também há quem não veja beleza em rostos sem maquiagem, nem no cabelo despenteado de uma mãe que trabalhou o dia inteiro pelo sorriso do filho. A beleza e o romance da chuva não está no passeio desmarcado, mas sim no reflexo singular que cada gota da chuva transmite. Mas quem brinca com a chuva? Seus versos trazem risos e choros. Em dois universos distintos a chuva dá e a chuva tira. Canta num ritmo descompassado nos telhados, mas ruge rasgando o céu, com instantes de traços luminosos. Essa é a magia desse incrível espetáculo: a representação artistica da criatividade e beleza de Deus sem desprezar seu poder e glória.

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